domingo, 13 de março de 2011

Obras-primas do thrash metal parte 2 - AMONG THE LIVING

Olá, pessoal!

Comecei ontem, a partir do Rust In Peace, a escrever sobre "as obras-primas dos quatro grandes do thrash metal". Continuando a série, vamos ao álbum Among The Living do Anthrax.

Lançado em 1987, Among The Living é o terceiro disco e o melhor trabalho do Anthrax segundo a maioria dos fãs e da crítica especializada. Na época o Anthrax era composto por: Joey Belladonna nos vocais, Dan Sptiz na guitarra solo, Scott Ian na guitarra base, Frank Bello no baixo e Charlie Benante na bateria. O disco foi produzido por Eddie Kramer que já havia trabalhado com nomes do porte de Led Zeppelin, Jimi Hendrix e KISS.

Em comparação ao dois primeiros álbuns da banda - Fistful Of Metal e Spreading The Disease -, Among The Living demonstra maior maturidade rítima, melódica e sonora.

A faixa-título é também a faixa de abertura. Com uma pegada possante e refrão forte, Among The Living é uma música capaz de sacudir qualquer esqueleto. O Anthrax possui uma fórmula que se repete em grande parte de suas músicas, mas que quase sempre funciona bem: tema, ponte, pré-refrão e refrão. É uma banda que valoriza a sobreposição de melodias entre o vocal principal de Belladona e os fortes backing vocals de Ian e Bello.

A segunda música se chama Caught In A Mosh e é, provavelmente, a canção mais executada pela banda. É outra música com a estrutura "tema, ponte, pré-refrão e refrão" mais um tema de "fuga" chamado mosh part que funciona muito bem. O baterista Charlie Benante aparece quebrando tudo!

A terceira faixa se chama I Am The Law e é baseada na história em quadrinhos Judge Dredd que fez sucesso no cinema com Silvester Stallone como "O Juiz". Valorizando o lado groove da banda, é uma faixa menos acelerada que as anteriores, mas tão divertida quanto. É outra bem executada nos shows.

Efilnikufesin (N.F.L.) é a quarta música do álbum. Escrita de forma a representar Nice Fuckin Life ao contrário, foi composta em homenagem aos ator John Belushi. É umas das músicas que demonstram a inclinação do Anthrax ao punk rock.

A quinta música se chama Skeleton In The Closet. Não é uma música tão conhecida como as quatro primeiras, porém também merece destaque no álbum. Com base sólida, cozinha nervosa e backing vocals agressivos, possui um refrão poderoso cantado a plenos pulmões.

A sexta faixa se chama Indians e é outra música bem executada nos shows pela banda. Começa com uma batida meio tribal e segue por um excelente tema thrash. É outra que segue a linha "tema, ponte, pré-refrão e refrão" mais um tema de fuga com a banda fazendo alusão aos cantos de guerra dos indios americanos.

A sétima música se chama One World e é a faixa mais acelerada do disco. Com uma base rápida e pulsante e o refrão gritado a plenos pulmões, mostra mais uma vez o lado meio thrash metal meio hardcore do Anthrax. É uma daquelas músicas de que dá vontade de sair "dançando e quebrando" tudo. Nervosa!

A.D.I./Horror of It All é a oitava faixa do álbum. Com uma bonita abertura de cordas, segue por um tema pesado e melódico. É a maior e mais trabalhada faixa do disco. É a que mais se aproxima da raíz thrash metal da banda presente nos dois primeios álbuns.

A nona e última faixa se chama Imitation Of  Life é em minha opinião a música mais morna desse disco. Um disco tão forte e pulsante mereceria uma música de encerramento mais poderosa. De qualquer forma, é uma canção interessante com um dos melhores solos do guitarrista Dan Spitz.

O disco foi dedicado ao falecido baixista do Metallica - Cliff Burton - e em sua capa aparece o bizarro personagem Henry Kane do filme Poltergeist 2.

Enfim, recomendo a audição de mais essa obra-prima do metal!

Grande abraço a todos e "FOLLOW ME OR DIE",

Filipe.

2 comentários:

  1. Dos grandes do Thrash, eu acho o Anthrax o menos essencialmente Thrash, mas ainda assim uma grande banda. Sempre me agradou muito o conceito rítmico deles...em alguns momentos chegando a antecipar o que logo depois viria a ser conhecido como Funk Metal popularizado por bandas tipo Faith No More. E esse álbum, de fato, é o melhor...mesmo se só tivesse os 2 hinos Caught In A Mosh e Indians!

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  2. Eh... ainda nao tive a oportunidade de ve losao vivo, apesar de achar q eles ja perderam o folego, com certeza seria uma experiencia unica...mas esse disco eh o melhor deles, muito bom realmente.... caught in the mosh eh espetacular, obra prima, .... i am the man, revolucionaria... mas tendo a concordar com o Fabio, o Anthrax eh o menos thrash de todos ate mesmo por colocar outros elementos e a posterior juncao com o public enemy... mas isso so mostra q os caras estavam a frente de seu tempo, que nao tinham a mente fechada e gracas a eles, eu acho q de certa maneira o metal se permitiu explorar outras coisas e chegamos nessa diversidade de hj...
    Filipe, qdo te emprestar o livro da historia do metal q to lendo, tem muitos fatos e historia do Anthrax e do Nuclear Assault acho q tu vai se amarrar...

    Valeu

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