terça-feira, 24 de abril de 2012

ANTHRAX e MISFITS - Rio de Janeiro - 22/4/2012

Olá, pessoal!

Após o fracasso chamado Metal Open Air*, finalmente consegui assistir ao meu primeiro show do Anthrax.

Ainda cansado da viagem do Maranhão pro Rio de Janeiro, cheguei à Fundição Progresso por volta de 19h e entrei por volta de 20h20min quando a banda Anesthesia**, cover do Metallica, encerrava o show de abertura.
Pouco depois, a banda de punk rock Misfits entraria com seu visual horror show e faria o público cantar e pular durante boa parte do repertório. Repertório esse de 23 músicas, com destaque para Scream!, American Psycho, Halloween e Die, Die My Darling.


Bom show para esquentar o público para a grande atração da noite: o big 4*** Anthrax.

Com Earth On Hell, canção de abertura do disco que dá nome à turnê - Worship Music -, a banda de Thrash Metal fundada em Nova Iorque já daria seu recado de cara: energia e força aliados a boa técnica e melodia.

O show prossegue com a ótima Fight' Em Till You Can't, primeiro single de Worship Music.

Os clássicos Caught in a Mosh e Anti-Social - cover do Trust - dão prosseguimento à forte apresentação da banda.

The Devil You Know, mais uma boa canção do novo álbum, foi bem recebida pelos cariocas.

Indians, canção da obra-prima Among The Living, foi outro grande momento, sendo responsável pela abertura de várias "rodinhas" após o violento grito de WARDANCE!

Antes da sucessão de clássicos, o Anthrax veio com mais uma boa música do último trabalho: In The End. Interessante ver como todas as novas canções foram bem recebidas e cantadas, provando a fidelidade do público roqueiro da Cidade Maravilhosa.

A sequência Got The Time - cover de Joe Jackson - , Deathrider, Medusa, Among The Living e Be All, End All fechariam primorosamente o setlist principal.

A banda retornaria em seguida para o primeiro bis: Madhouse e Metal Thrashing Mad levantavam mais ainda o já ensandecido público!

E quando, após o fiasco M.O.A., já achava que o Anthrax havia salvo meu final de semana, a banda ainda retornaria para mais um bis com I'm The Man, Refuse/Resist - cover do Sepultura - e a grande I Am The Law.

Com o público querendo ainda muito mais, a banda agradece, lança as palhetas e se despede do público carioca por volta de meia-noite. 

Um espetáculo direto, forte, competente e arrasador que me fez valer cada centavo de meu retorno antecipado do Maranhão para o Rio de Janeiro.

Grande abraço a todos e "Follow me or die",

Filipe.


domingo, 22 de abril de 2012

Metal Open Air: o maior fiasco da Terra

Senhoras e senhores,

Com vocês o maior fiasco da Terra: o Metal Open Air.

Bem, é isso aí! Também conhecido pela sigla de M.O.A., o Metal Open Air vinha, desde o segundo semestre de 2011, prometendo ser o maior festival de heavy metal do Brasil. E não era para menos, a pré-lista contava com nomes como Anthrax, Venom, Motörhead, entre muitas outras.


Colocando fé e apostando várias fichas no festival, comprei, logo no primeiro lote, meu ingresso para os três dias juntamente com o passaporte que dá direito ao camping.

Os anúncios se seguiram e, a cada dia, novas bandas se juntavam ao Line Up, incluindo Anthrax, Megadeth, Saxon e o supergrupo Rock 'N' Roll All Stars formado por estrelas do naipe de Gene Simmons (Kiss), Glenn Hugues (Black Sabbath, Deep Purple), Sebastian Bach (Skid Row), Matt Sorum (Guns 'N' Roses) e muitos outros.

A divulgação aumentava a cada dia, chegando ao ponto de anunciar o ator Charlie Sheen como mestre de cerimônias do Rock 'N' Roll All Stars.

Na quinta-feira, 19/4/2012, por volta de 19h30min, embarquei, juntamente com a namorada, no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro em direção à São Luís do Maranhão.

Após voo tranquilo com uma enorme parada em guarulhos, a chegada ao camping no Parque Independência, local do evento, foi logo estranha à primeira vista. O camping não possuía sombra, informações e, o pior, água. Banheiro? Só químico! De qualquer forma, embaixo de chuva, separei meu material de campista e montei minha barraca.

Minha primeira tentativa de ir ao banheiro foi desastrosa. Banheiro imundos já às 8h da manhã. Imaginem o que viria por aí!

Embaixo de forte sol, entramos em uma fila enorme e lenta para trocar nossos e-tickets por pulseiras que dão os acessos aos shows e ao camping.

Após mais de duas horas na fila, retornamos ao camping já com a informação da primeira grande desistência: a clássica banda inglesa de black metal Venom, escolhido como headliner do terceiro e último dia do M.O.A.

Com o camping em estado precário e a notícia de outras bandas cancelando, entre elas o Saxon, consegui de última hora reserva em um hotel na cidade. Após ceder umas três entrevistas, consegui com um casal de jornalistas de O Imparcial, carona para o hotel.

Após chegar ao hotel, tomar um banho descente, almoçar e descansar, tentamos pegar o prometido ônibus do festival.  Como o tal ônibus nunca apareceu pra gente, rachamos o táxi com duas pessoas que conhecemos por lá e partimos pro Parque Independência.

Assistimos aos shows do Exodus, Symphony X e Megadeth. Este último, frio e burocrático, com apenas oito músicas. O líder Dave Mustaine se pronunciou após o show, via Twitter, que o Megadeth só tocou em respeito aos fãs.

E foi esse respeito aos fãs que ganhou proporção no Twitter. Músicos do nível de Ricardo Confessori, Edu Falaschi, Felipe Andreoli e Scott Ian discutiam qual seria a postura correta: tocar ou não tocar.

Além da péssima infra-estrutura para hospedagem e alimentação, o Parque Independência deixava também muito a desejar no quesito transportes. Táxis eram disputados a tapas, ônibus não circulavam, vans muito menos. Sendo assim, após sair por volta de 3h do show, só consegui um táxi por volta de 4h30min da madrugada.

Na manhã de sábado, 20 de abril, recebemos a pior das notícias: Anthrax, a banda que me fez viajar ao Maranhão, cancelou sua apresentação alegando problemas no som da bateria e má organização do festival.

Nessa "brincadeira", corri para o aeroporto e consegui, sob altíssimo custo, trocar nossas passagens e voltar para o Rio de Janeiro, onde logo mais assistiremos ao show do grupo.

Enfim, M.O.A. nunca mais!

Grande abraço a todos e que venha o Anthrax!

Filipe.

sábado, 14 de abril de 2012

DVD IRON MAIDEN ✪ EN VIVO! ✪

Olá, pessoal!

Ontem comprei o recém-lançado EN VIVO! da banda inglesa de heavy metal Iron Maiden.

O DVD duplo trás a apresentação da banda em 10 de abril de 2011 em Santiago do Chile pela The Final Frontier World Tour.


Sobre o show, a banda e as músicas, não vou me prolongar, pois já escrevi há alguns meses atrás, quando a turnê passou pelo Rio de Janeiro.*

O setlist em Santiago foi exatamente o mesmo apresentado aos cariocas. A execução, perfeita como de costume.

O público de mais de 50 mil pessoas, encheu e mexeu com o tradicional Estadio Nacional de Santiago.

Vale ressaltar a enorme qualidade do áudio gravado nas versões 2.0 Stereo PCM, 5.1 DTS Surround Sound e 5.1 Dolby Digital Surround Sound, e o fantástico jogo de 22 câmeras em HD, capturando diversos detalhes da banda e do público. Muito bonitas as imagens apresentadas em janelas simultâneas.

Detalhe para as imagens dos pés descalços de Nicko McBrain atacando o bumbo e provando para muita gente que o baterista da Donzela faz com pedal simples o que muito baterista por aí não faz com pedal duplo. 

O DVD 2 trás o documentário Iron Maiden: Behind The Beast, com depoimentos da banda e de toda a equipe, sobre o avião próprio - Ed Force One- pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson, logística, cenários, aquisição de vistos, escolha do setilst, ensaios, conceito, as cidades visitadas na turnê, entre outras coisas.


Interessante ver o trabalho da equipe em locais cuja infra-estrutura é arcaica e precária, como em Jacarta na Indonésia, além do problema enfrentado pela banda com os terremotos e tsunamis ocorridos em Tóquio.

Enfim, uma emocionante lição de profissionalismo e paixão que deveria ser assistido por qualquer profissional de logística.

Além do documentário, o DVD 2 trás ainda o clipe de Satellite 15... The Final Frontier, seu making of e o video de introdução dos shows da The Final Frontier World Tour.

Vale lembrar que o EN VIVO! também saiu no formato de CD duplo.

Grande abraço a todos e "gotta to tell you a history",

Filipe.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Roger Waters The Wall - Rio de Janeiro

Olá, pessoal!

Na quinta-feira da semana anterior, 29/3/2012, o Rio de Janeiro recebeu mais uma vez o gênio e fundador do Pink Floyd, Roger Waters.

Desta vez, o músico inglês trouxe à Cidade Maravilhosa, sua turnê The Wall, reproduzindo e encenando o homônimo e clássico disco do Pink Floyd de 1979.


Como anunciado, o show foi um teatro musical de qualidade ímpar. Efeitos especiais, bonecos gigantes, pirotecnia e projeções fantásticas, tudo muito bem ensaiado, fez de The Wall um dos maiores espetáculos que presenciei na vida.

A abertura com In The Flash? já dá o tom do que seria o show. O final da canção com o avião cruzando o estádio do Engenhão e derrubando parte do gigantesco muro montado é de arrepiar e levantar o público mais morto.

O hit Another Brick In The Wall Part 2 fez o estádio cantar em uníssono! E o boneco gigante do professor "carrasco" dá um show a parte! Principalmente para os fãs da banda e os que assistiram ao filme Pink Floyd: The Wall de 1982, do diretor Alan Parker.

Outro grande momento foi com Mother. Enquanto Waters cantava a linda melodia acompanhado de um violão, o telão mostrava sua performance na turnê original de 1980. Impressionante a sincronia de movimentos!

Young Lust, Hey You!, Comfortable Numb, In The Flash e Run Like Show outras fortemente conhecidas e com apelo radiofônico também mexeram com o grande público.

Mas foram as clássicas cenas dos martelos marchando e do julgamento na trinca Waiting For The Worms / Stop / The Trial que mais arrepiaram os pelos do braço deste apaixonado fã e blogueiro.


Assumo que esperava mais da derrubada do muro ao final, mas de qualquer forma, muito interessante o trabalho de toda a equipe na construção e destruição do mesmo.


Chamaram atenção também a audácia de Waters em atacar algumas grandes marcas do Capitalismo como a Coca-Cola e a Mercedes nas diversas imagens projetadas, e as escritas em português de "Porcos Fardados" no grande balão javali que sobrevoava o estádio.






Enfim, um espetáculo grandioso, musical e visualmente.

Grande abraço a todos e "is there anybody out there?".

Filipe.