Olá, pessoal!
Para encerrar a série "obra-primas do thrash metal", vamos ao que foi considerado pela revista Metal Hammer como o maior disco de metal de todos os tempos e Kerrang!Klassic como o segundo maior, Master of Puppets do Metallica. Terceiro álbum da banda, vendeu mais de 6 milhões de cópias somente nos Estados Unidos e está na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll Hall of Fame.
Na verdade, assim como o próprio Metallica, o Master of Puppets dispensa apresentações, mas tomarei a liberdade de mais uma resenha. Foi lançado em fevereiro de 1986, ano em que a banda era formada por James Hetfield na guitarra base e vocal, Kirk Hammett na guitarra solo, Cliff Burton no baixo e Lars Ulrich na bateria. Este é, aliás, o último trabalho de Burton falecido em setembro de 1986. A produção ficou por conta de Flemming Rasmussen.
A primeira música, Battery, começa com um bonito trabalho de violão e entra em um tema agressivo que faz justiça ao nome. Muito agressivo. A música é veloz, com refrão forte e tema cheio de energia. Aliás, energia é a marca registrada do Metallica. A letra fala sobre o controle da raiva.
A faixa-título aparece logo em seguida. Master of Puppets é uma das músicas mais executadas pela banda e, apesar de seus quase nove minutos, é um dos maiores sucessos dos mestres do metal norte-americano. A música é executada com uso intenso de downpicking e possui interessantes partes instrumentais e fugas. Possui também um dos solos mais bonitos do guitarrista Kirk Hammett. A letra fala sobre drogas.
A terceira música se chama The Thing The Should Not Be. É menos acelerada que as duas primeiras, porém ainda uma música bem forte. Possui estrutura dinâmica e melodia interessante. A letra fala sobre a dualidade sanidade versus loucura.
A quarta faixa se chama Welcome Home (Sanatarium). Começa com uma tema limpo e melódico e vai crecendo conforme o refrão vai se aproximando. O refrão é forte. Os solos de Hammett sobre os temas mais limpos são belíssimos. Após o segundo refrão, a música ganha um tema acelarado e termina com solos de guitarra e bateria sobrepostos. A letra também fala de loucura. Uma curiosidade chama atenção: o riff utilizado no início do tema mais acelerado foi retirado da música Tom Sawyer do Rush. Aliás, o trio canadense foi homenageado no encarte do álbum.
A quinta faixa se chama Disposable Heroes e é certamente uma daquelas que levantam qualquer defunto. Uma sequencia de riffs maravilhosos e dinâmicos dão suporte a uma melodia poderosa e um refrão violento. A letra fala de dominação. Mesmo sendo uma canção longa - 8 minutos e16 segundos - é uma daquelas que voltamos para ouvir várias vezes. Aula de thrash metal.
Leper Messiah é a sexta faixa e é outra excelente música. O tema inicial mesmo não sendo veloz, possui muita energia. Hetfield canta a plenos pulmões como se chamasse de forma imperiosa por seus ouvintes. Assim como a anterior, a letra também fala sobre dominação.
A sétima faixa é uma faixa instrumental chamada Orion. Dinâmica e melódica, a música é outra aula de thrash metal. Destaque para o segundo solo de guitarra executado por James Hetfield.
O encerramento fica por conta de Damage, Inc. Outra faixa com tema acelerado e forte. É menos complexa que as anteriores, mas não chega a ser uma música simplista.
Aliás, com diversas variações na métrica, nos andamentos, nos padrões e nos arranjos, o álbum merece seu lugar de destaque não apenas no cenário do heavy metal, mas em todo Universo musical.
Enfim, sei que qualquer amante de heavy metal já sacudiu a cabeça com o Master of Puppets, logo recomendo então a todos aqueles ainda não iniciados no mais maldito dos estilos musicais.
Grande abraço a todos e "just call my name, 'cause i'll hear you scream".
Filipe.
Master of Puppets eh um absurdo... dificilmente uma banda, seja ela de qualquer estilo, consegue fazer um album de tanta qualidade e criatividade como este. Lembremos que o metal ainda tava no comeco, e com certeza era uma musica de underground, em que a tematica do ocultimos dominava, principalmente apos o boom do Black Sabbath... esse album eh inovador pelas letras, como vc bem falou, fala de tudo, drogas, insanidade, guerra, religiao... com certeza ele mostrou que o metal eh muito mais que bater cabeca, falar de temas ocultos, e mostrou que o metal tem opiniao, tem uma mensagem....
ResponderExcluiroutro ponto interessante eh a evolucao musical do metallica que fica claro... o primeiro disco kill'em all era pura raiva, agressividade, etc... o segundo ride the lightening eles ja comecam a explorar solos mais melodicos, misturar velocidade com harmonia, os tematica das letras mais diversifica... e o auge com certeza chegar no Master, apesar de And Justice for all tambem ser um grande album, porem politico e meticuloso demais...
o que mais me faz sentir falta eh o Cliff, se ele fosse vivo o black album jamais sairia... e o metallica continuaria o mesmo....
Abracos
Escolher entre o Ride The Lightning, o Master of Puppets e o ...And Justice For All como melhor álbum do Metallica é tarefa dificílima pra mim. Mas que o Master é trabalho de Mestres, não dá pra discordar!
ResponderExcluirSaudades de Cliff!
Realmente é difícil escolher, mas ainda acho que o Master of Puppets é a grande obra-prima da banda. O Ride é o que marcou a identidade do Metallica, no Master eles pegaram essa identidade e quebraram barreiras no som e no conceito. O Justice tem o melhor som de thrash metal que escutei, porém meticuloso como falou Felipe.
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