domingo, 24 de fevereiro de 2013

Helloween - Straight Out Of Hell


Olá, pessoal!

Há algum tempo que já não espero muita coisa do Helloween.

Nem a força e complexidade de Master of The Rings ou The Time of the Oath, nem a bela simplicidade de Better than Raw. Falando apenas da "fase Andi Deris".

Difícil criticar algo como fã, pois gosto, objetividade e paixão se confundem. Ao mesmo tempo que afrouxamos nossa crítica aos trabalhos fracos, sentimos pontas de decepção aos que não soam brilhantes.


Mas foi por não esperar muito de Straight Out The Hell que me surpreendi com o novo Helloween.

O disco abre com a boa Nabataea. Power Metal melódico, dinâmico e veloz. Recheada de riffs e passagens interessantes. Primeiro single do disco. Excelente música de abertura. O belo clipe da versão editada de Nabataea se encontra disponível no Youtube.

Segue com World of War. Canção forte e pesada. Refrão complexo. Boa música.

A terceira faixa se chama Live Now! e é uma daquelas com potencial pra hit. Riff direto e pesado, tema simples e bonito, ótimo refrão. Uma das mais marcantes e bacanas do disco.

Far From The Stars vem em seguida com outra boa melodia. Quebrada, torta, alternada. Outra ótima faixa.

Burning Sun, outra com potencial para single, é hermética, veloz e bela. Alterna vocal agressivo e melódico. O refrão em coro lembra os melhores anos da filandesa banda de power metal Nightwish. Belos solos de guitarra.


Waiting For The Thunder é outra ótima faixa. Apesar de muito recente, já tenho uma forte estória pessoal com ela. Marcante. Simples e forte, lembra o Helloween de Better Than Raw. Uma daquelas fáceis de se escutar por diversas vezes seguidas.

Após uma sequência de seis músicas boas e pesadas, a balada Hold Me In Your Arms dá uma desacelerada no ritmo. Começa bela, prometendo mais uma bonita balada na voz de Deris, porém vem com um refrão bem entediante. Lembra uma daquelas melodias new age que bandas de rock progressivo como o Yes fizeram no início da década de 1990. Chata.

A sequência, Wanna Be God, também inspirada no início da década de 1990, vem com arranjos tribais no estilo world music de Peter Gabriel. Não é uma linda canção, mas é menos entediante que a anterior. Serve de ponte para a faixa-título que segue.

Straight Out Of Hell, a faixa-título, tinha tudo para ser a melhor do álbum. Começa furiosa, agressiva, soando como o Judas Priest de Painkiller, mas que infelizmente desemboca num refrão insosso. De qualquer forma, pesada e boa.


Asshole traz um pouco do velho bom humor da banda. Letra e melodia despojadas. Não chega a ser uma grande música, mas dá o seu recado.

Years não chega a ser ótima, mas é uma daquelas que você se acostuma e até curte com o tempo. Lembra um pouco a sonoridade das músicas menos complexas de The Time of The Oath, apesar dos arranjos de bateria não serem nada simples.

Make Fire Catch The Fly é outro power metal clássico. Veloz, técnica, com mudança de clima, dinâmica e agressiva. Cola no ouvido com facilidade.

O álbum se encerra com Church Breaks Down. Complexa e veloz. Não está entre as mais fáceis de se ouvir no álbum, mas, por isso mesmo, é uma das que merece mais atenção.



A versão CD Premium vêm com os bônus:  Another Shot Of Life, Burning Sun (Hammond Version) e No Eternity. Todas muito boas


Michael Weikath definiu bem seu último trabalho¹:

"Straight Out of Hell é o desenvolvimento consequente dos dois últimos álbuns. As novas canções são uma continuação da direção de 7 Sinners, só que menos "doom" e notavelmente mais positivas. Essas canções vão agradar até ao ouvido mais preguiçoso".

Enfim, se não chega a ser uma obra-prima, pode-se dizer que é um disco muito agradável. Para mim, o melhor desde Better Than Raw, e candidato a um dos melhores de 2013.

Grande abraço a todos e "Live now! Say it loud!",

Filipe.

Fonte:
¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Straight_Out_of_Hell