sábado, 26 de março de 2011

Flanelinhas e cambistas: quem curte?

Olá, pessoal!

Hoje, sem livros, filmes ou música, resolvi cornetar as duas subespécies que mais me irritam no mundo: flanelinhas e cambistas.


Não sei quanto ao resto do país, mas flanelinha, aqui no Rio de Janeiro, é aquele bandido disfarçado de guardador de carro que, sob os olhos indiferentes ou mesmo a batuta de alguns homens da lei, vem achacar o cidadão de bem, pedindo um valor em dinheiro para supostamente vigiar o carro da vítima.

O valor cobrado por esses facínoras é quase sempre um absurdo. Já ouvi malandro pedindo R$20,00, pois o ponto "dele" era disputado.

Atuar como flanelinha, de acordo com a lei brasileira, pode constituir uma contravenção - exercício ilegal de profissão - ou mesmo um crime, se associado à prática de extorsão ou formação de quadrilha.


É exatamente esta formação de quadrilha que me revolta. Há algum tempo, deixei meu carro com um desses safados e fui curtir minha noitada. Na volta, meu carro estava arrombado e meu som furtado. O que mais me chamou atenção foi o fato do flanelinha conhecer o moleque que me furtou e a intimidade existente o flanelinha e o policial que veio averiguar a situação. A má vontade do nosso "homem da lei" também foi notória.

Estariam os três - delinquente, flanelinha e policial - em harmonia e consonância?

A segunda subespécie, menos perigosa para o indivíduo, porém igualmente daninha para a coletividade é o chamado cambista. 

Cambista, que na época feudal cuidava da troca de moedas pelo valor do seu metal, hoje não passa do cretino que compra diversos ingressos de shows e eventos esportivos, que já não são baratos*, para revendê-los a preços fora da realidade.


É incrível o contraste entre a burocracia que enfrentamos para conseguir um único ingresso legalmente e a facilidade que esses criminosos tem para adquirir vários deles. Existiria alguma facilidade por parte dos responsáveis pelas vendas?

Recentemente, os ingleses começaram a jogar duro com os cambistas, cobrando 20 mil libras de multa para esse tipo de crime. Quando copiaremos estes bons exemplos?

Às vezes brinco que seria ótimo o mundo trocar a temporada de caça às raposas pela temporada de caça aos flanelinhas e cambistas!


Enfim, um país que convive com certos tipos de problemas sob consentimento do Estado pode ter uma das maiores economias do mundo, mas nunca poderá ser chamado de desenvolvido.

Deixo a palavra com vocês.

Grande abraço a todos,

Filipe.

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