sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Permanent Waves, o espírito do rádio!

Olá, pessoal!

Quando resolvi criar este blog, minha primeira publicação falava um pouco de minhas intenções e paixões. Os que me conhecem sabem da minha paixão pelo Rush. Foi essa paixão que inspirou minha publicação a respeito do álbum Moving Pictures.

A escolha do nome do blog foi outro problema. Eu sabia que gostaria de alguma palavra ou expressão que tivesse a ver com a idéia de um blog e ao mesmo tempo fizesse alusão ao power trio canadense, mesmo não sendo este blog exatamente sobre eles. O nome escolhido, após uma pequena seleção, foi Entre Nous - entre nós, em francês - que, além de foneticamente interessante, tem o apelo da intimidade de um blog e faz alusão direta ao Rush, já que é o nome da quarta música do álbum Permanent Waves de 1980. E é sobre este álbum que escreverei agora.

Após o excelente, porém difícil, Hemispheres, o trio resolveu simplificar o som, fazendo uma transição do rock progressivo ao rock arena do início da década de 80. Essa idéia se refletiu não apenas no som, mas no conceito da música de abertura do disco: The Spirit of Radio.

Uma das mais conhecidas e celebradas músicas da banda, The Spirit of Radio fala da beleza existente nas músicas radiofônicas, desde que essas sejam honestas. Uma sequencia fantástica de riffs e a introdução de elementos de reggae e ska dão vida à abertura do álbum.

A segunda música se chama Freewill e também possui grande aceitação entre os fãs, sendo, assim como a anterior, muito executada nos shows da banda. Sua letra, de cunho agnóstico, fala do lívre arbítrio. Possui umas das frases mais marcantes e mais "tuitadas" do Professor Neil Peart "If you choose not to decide, you still have made a choice". A música é também conhecida pela parte dos "três solos", quando Lee, Lifeson e Peart parecem solar ao mesmo tempo e se "encontram" em uma ponte de volta ao tema. Sensacional!

A terceira música se chama Jacob`s Ladder e é o primeira grande resquício do rock progressivo da banda. Com uma introdução sombria e um final apoteótico, chama atenção pela repetição de um mesmo tema instrumental em diversas variações e compassos. Genial!

O nome da quarta música, como escrevi acima, é a inspiração desse blog. Entre Nous é uma canção rock com elementos progressivos e com a letra mais intimista do álbum. Fala sobre separação e sobre a necessidade do afastamento para o "crescimento" das duas partes. Do vazio que às vezes se instala entre duas pessoas com muita intimidade. Letra e música lindas!

A quinta música se chama Different Strings e é uma balada melódica desenhada sobre diferentes instrumentos de corda como violão e piano.

A sexta e última música se chama Natural Science e com seus mais de nove minutos é a mais longa e progressiva do disco. É uma suite dividida em três partes: Tide Pools, Hyperspace e Permanent Waves. Cheia de compassos quebrados, melodias bonitas e riffs interessantes, é uma música também bastante executada ao vivo pela banda.

Enfim, recomendo a audição deste que é um excelente disco e que foi o grande divisor de águas no som e no conceito lírico do Rush.

Just between us,

Filipe.


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