sábado, 2 de julho de 2011

A nova caça às bruxas

Olá, pessoal

Li recentemente uma matéria afirmando que "as religiões estão tão fortes hoje em dia quanto na Idade Média". Ao ler o artigo, o primeiro pensamento que me veio foi "faz sentido, vivemos em uma época em que as pessoas são tão cegas e pouco esclarecidas quanto na Idade Média". Vivemos numa nova era de escuridão.
Meu segundo pensamento foi "por que com tanta tecnologia, ciência e facilidade de informação presenciamos hoje uma nova era de trevas?". A resposta que primeiro me veio à cabeça foi a "guerra dos extremos". Como no título da própria matéria "Nem tanto a Deus, nem tanto ao Diabo".

É exatamente isso, assim como violência física gera violência física, a violência moral gera violência moral. A velha e sempre atual ação e reação.

Quanto mais liberal o mundo ficou, mais os grupos da moral e dos bons costumes se apresentaram. Quanto mais a ciência e a filosofia tentou provar que Deus não existia, mais os fundamentalistas religiosos abraçaram a nova cruzada. A nova caça às bruxas. E quem são as novas bruxas? A ciência, os ateus, os filósofos, a arte pagã e a Internet. Seria Stephen Hawking o novo Giordano Bruno?

Criaram uma guerra para defender o que nem certeza possuem. Deus existe? Você tem certeza a ponto de me provar? Ou apenas quer acreditar que sim? Você acredita ou precisa de Deus?


Recentemente aconteceu uma grande manifestação virtual de partidários do Criacionismo. Pois é, transformaram Darwin no novo diabo! Alguns comentários inclusive agressivos e preconceituosos sobre nossa suposta descendência dos macacos.

Alguns dizem que o paganismo e o ateísmo, assim como o Estado laico, são uma ameaça ao mundo, mas o que mais temos visto são barbaridades ligadas a grupos de extremismo religioso. Quem é mesmo a ameaça?
Como escreveu Friedrich de Schiller: “Contra a estupidez humana, os próprios deuses lutam em vão".

Enfim, continuo torcendo para que a ciência siga sua missão e que os religiosos convivam em paz.

Grande abraço a todos e "Killing for religion, something I don't understand". 

Filipe.

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