Olá, pessoal!
Não sei é do conhecimento de todos, mas uma banda dinamarquesa tem chamado a atenção do pessoal mais antenado e fã de peso. Trata-se do Volbeat.
Formado em 2005, o Volbeat é a sequência comercial da banda de death metal Dominus.
Confesso que nunca tinha ouvida falar do grupo até o ano passado quando, em seu Twitter, o guitarrista Rob Caggiano anunciou sua saída da lendária banda de thrash metal Anthrax para se juntar ao Volbeat.
Em mp3, consegui os três primeiros álbuns, e me apaixonei de cara pelo som do trabalho de estreia The Strenght / The Sound / The Songs.
Em 2013, foi anunciado o lançamento de novo trabalho, o quinto da banda. Não achei que encontraria por aqui, mas em um desses voos ao shopping, comprei Outlaw Gentlemen & Shady Ladies.
E não me arrependi.
Encontra-se à venda também no site de uma famosa livraria francesa com os seguintes dizeres "uma mistura de melodias chiclete, vocais rasgados e riffs de guitarra de dar água na boca em qualquer headbanger". Quem escreveu isso certamente tinha boa intenção, mas não consegue nem vender cigarro pra fumante.
Enfim, vamos ao disco. Como não sou vendedor, posso dizer: ele é realmente o que a loja acima escreveu. Mas é muito mais do que isso. Tem personalidade. E técnica refinada. Coisa que poucas bandas de rock tem nos dias de hoje.
Após uma introdução instrumental "à la Velho Oeste", Pearl Hart abre o disco com propriedade. Refrão forte, riffs fortes e melodia radiofônica como há tempos não se ouvia em uma banda de metal.
A sequência não fica para trás. The Namelesse One é tão empolgante quanto a primeira, e ainda com a vantagem de ser menos radiofônica e mais coesa.
Dead But Rising vem na sequência com mais peso que as anteriores, mostrando a influência de seu passado thrash metal. Melódica e forte.
Cape of Our Hero não é tão inspirada quanto as anteriores, mas ainda assim uma dessas músicas que colaria no ouvido e nas rádios. E sumiria em seguida.
Room 24 é outra canção de heavy metal, desta vez com a participação do macabro e lendário falsete de King Diamond. Difícil é saber se o sinistro vocalista foi convidado pelo estilo "Mercyful Fate" da música ou o contrário.
The Hangman's Body Count é uma mistura de Metallica da década de 1990 com bandas como Foo Fighters. Dinâmica e forte.
My Body é um cover da banda de indie rock Young the Giant. Boa música, mas... indie.
Lola Montez pelo que me parece virou single de sucesso na Europa e Estados Unidos. Merecidamente.
Black Bart é outra ótima canção. Pesada e dinâmica. Alterna agressividade e melodia. Ótimo solo de Caggiano.
The Lonesome Rider, um rock meio country, traz mais uma participação especial: Sarah Blackwood. Dispensável.
Assim como também é dispensável a seguinte, The Sinner is You.
Doc Holliday é outra boa música. Uma das menos radiofônicas do disco. Outro ótimo solo. Uso de banjo e instrumentos de percussão para o clima "forasteiro", tônica do álbum.
Our Loved Ones é uma bonita balada rock que encerra um bom álbum que merecia mais peso e menos músicas.
Enfim, recomendado aos amantes de rock, metal e rockabilly da nova e antiga geração.
Grande abraço,
Filipe.
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