domingo, 22 de abril de 2012

Metal Open Air: o maior fiasco da Terra

Senhoras e senhores,

Com vocês o maior fiasco da Terra: o Metal Open Air.

Bem, é isso aí! Também conhecido pela sigla de M.O.A., o Metal Open Air vinha, desde o segundo semestre de 2011, prometendo ser o maior festival de heavy metal do Brasil. E não era para menos, a pré-lista contava com nomes como Anthrax, Venom, Motörhead, entre muitas outras.


Colocando fé e apostando várias fichas no festival, comprei, logo no primeiro lote, meu ingresso para os três dias juntamente com o passaporte que dá direito ao camping.

Os anúncios se seguiram e, a cada dia, novas bandas se juntavam ao Line Up, incluindo Anthrax, Megadeth, Saxon e o supergrupo Rock 'N' Roll All Stars formado por estrelas do naipe de Gene Simmons (Kiss), Glenn Hugues (Black Sabbath, Deep Purple), Sebastian Bach (Skid Row), Matt Sorum (Guns 'N' Roses) e muitos outros.

A divulgação aumentava a cada dia, chegando ao ponto de anunciar o ator Charlie Sheen como mestre de cerimônias do Rock 'N' Roll All Stars.

Na quinta-feira, 19/4/2012, por volta de 19h30min, embarquei, juntamente com a namorada, no Aeroporto Internacional do Galeão no Rio de Janeiro em direção à São Luís do Maranhão.

Após voo tranquilo com uma enorme parada em guarulhos, a chegada ao camping no Parque Independência, local do evento, foi logo estranha à primeira vista. O camping não possuía sombra, informações e, o pior, água. Banheiro? Só químico! De qualquer forma, embaixo de chuva, separei meu material de campista e montei minha barraca.

Minha primeira tentativa de ir ao banheiro foi desastrosa. Banheiro imundos já às 8h da manhã. Imaginem o que viria por aí!

Embaixo de forte sol, entramos em uma fila enorme e lenta para trocar nossos e-tickets por pulseiras que dão os acessos aos shows e ao camping.

Após mais de duas horas na fila, retornamos ao camping já com a informação da primeira grande desistência: a clássica banda inglesa de black metal Venom, escolhido como headliner do terceiro e último dia do M.O.A.

Com o camping em estado precário e a notícia de outras bandas cancelando, entre elas o Saxon, consegui de última hora reserva em um hotel na cidade. Após ceder umas três entrevistas, consegui com um casal de jornalistas de O Imparcial, carona para o hotel.

Após chegar ao hotel, tomar um banho descente, almoçar e descansar, tentamos pegar o prometido ônibus do festival.  Como o tal ônibus nunca apareceu pra gente, rachamos o táxi com duas pessoas que conhecemos por lá e partimos pro Parque Independência.

Assistimos aos shows do Exodus, Symphony X e Megadeth. Este último, frio e burocrático, com apenas oito músicas. O líder Dave Mustaine se pronunciou após o show, via Twitter, que o Megadeth só tocou em respeito aos fãs.

E foi esse respeito aos fãs que ganhou proporção no Twitter. Músicos do nível de Ricardo Confessori, Edu Falaschi, Felipe Andreoli e Scott Ian discutiam qual seria a postura correta: tocar ou não tocar.

Além da péssima infra-estrutura para hospedagem e alimentação, o Parque Independência deixava também muito a desejar no quesito transportes. Táxis eram disputados a tapas, ônibus não circulavam, vans muito menos. Sendo assim, após sair por volta de 3h do show, só consegui um táxi por volta de 4h30min da madrugada.

Na manhã de sábado, 20 de abril, recebemos a pior das notícias: Anthrax, a banda que me fez viajar ao Maranhão, cancelou sua apresentação alegando problemas no som da bateria e má organização do festival.

Nessa "brincadeira", corri para o aeroporto e consegui, sob altíssimo custo, trocar nossas passagens e voltar para o Rio de Janeiro, onde logo mais assistiremos ao show do grupo.

Enfim, M.O.A. nunca mais!

Grande abraço a todos e que venha o Anthrax!

Filipe.

2 comentários:

  1. Imaginei que não seria isso tudo, como estavam pintando... Mas não que seria tanto assim! Uma pena!

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  2. Caralho, me falaram que o festival foi uma merda, mas nao imaginei q foi tanto !
    ainda bem q voltou antes
    Valeu Vulva
    Fred

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