Olá, pessoal!
A ideia desse texto foi me dada pelo amigo Fábio Trovão há algumas semanas atrás, mas só agora tive tempo e paciência para escrever.
Conversávamos sobre a diferença da criatividade musical nas eras do vinil e do CD. A faísca da discussão foi o aumento do espaço de tempo e a pressão das gravadoras por uma obra com mais faixas por disco.
Historicamente, antes do LP, temos três momentos marcantes no processo de gravação e armazenagem de áudio. Em 1877, Thomas Edson inventa o fonógrafo ao tentar gravar mensagens telefônicas; em 1925, os discos passam a ser "elétricos" com microfone para gravar e alto-falantes para tocar; em 1948, a Ampex introduz as fitas magnéticas de gravação editáveis no mercado.
Mas foi com a reedição de 10 para 12 polegadas em 33 1/3 rotações por minutos do álbum "In The Wee Small Hours" do mito Frank Sinatra que iniciamos então a era do LP.
A verdade é que mesmo se chamando Longplay (LP), os álbuns entre as décadas de 1950 e 1980 tinham, em sua maioria, não mais do que 40 minutos de duração. Se dividirmos esse tempo por três ou quatro, teremos um disco com aproximadamente 10 ou 12 canções. Aumentando o tempo das canções para cinco ou seis minutos - fato comum nos clássicos do jazz e rock destas décadas - ficamos com um álbum entre seis ou oito músicas.
Mas aonde estou querendo chegar? Simples, peguem os álbuns de qualquer artista que tenha sobrevivido às duas eras, e perceberá claramente que os primeiros álbuns desse mesmo artista são quase sempre melhores. Por quê? Dificilmente lançavam músicas para preencher álbum. Para "encher linguiça".
Quase todo lampejo de criatividade era aproveitada e os discos eram cheios de hits e genialidades.
Na era do CD, isso mudou de figura. Quantos álbuns lançados nas décadas de 1990 e 2000 podem ser descritos como geniais? Quantos deles soam de bons a excelentes da primeira à última canção?
Obviamente que gosto é gosto, e eu apenas expressei a minha opinião. Afinal o blog é meu e não seu! Mas sinta-se a vontade para comentar!
Grande abraço a todos,
Filipe.
porra, concordo
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