Olá, pessoal!
Essa semana, a Cidade Maravilhosa viveu outro momento marcante: o eterno Beatle, Paul McCartney, voltou ao Rio de Janeiro após o histórico show realizado no Maracanã para 184 mil pessoas em 1990.
Como o lendário estádio Mario Filho está fechado para obras, o palco desta vez foi o João Havelange, também conhecido como Engenhão.
Como a capacidade do Engenhão é muito menor, foram programados dois shows nos dias 22 e 23 de maio de 2011 para aproximadamente 45 mil pessoas em cada.
Com um pequeno atraso de quinze minutos, Sir Paul McCartney subiu ao palco sob gritos histéricos e alucinados do enlouquecido público carioca. E o show nem havia começado! Foi simpático, brincou, sorriu e, aos primeiros acordes de Hello, Goodbye, ouviu um Engenhão lotado cantar cada sílaba como se inglês fosse nossa língua pátria!
O show prosseguiu alternando clássicos dos Beatles e sucessos da carreira solo de Paul, incluindo sua antiga banda Wings. Pulei como criança em Jet.
Aliás, alternar é a especialidade de McCartney que se sente completamente a vontade, seja no baixo, na guitarra ou sentado ao piano. E foi no piano que tive a primeira grande emoção da noite: The Long and Winding Road. Linda!
Após um set intimista de violão e voz, incluindo clássicos como Blackbird e And I Love Her , Eleanor Rigby chega para o delírio dos beatlemaníacos presentes. Obra-prima!
E por falar em obra-prima, a linda Something, dedicada ao falecido amigo e ex-beatle George Harrison, vem em seguida e arranca lágrimas de muita gente por ali.
Após uma longa série de lentas canções, a animada e meio psicodélica Band on the Run, um dos maiores clássicos dos Wings, esquentou novamente o público, que logo pularia e dançaria aos sons de Ob-La-Di Ob-La-Da e Back in the U.S.S.R., clássicos dos Beatles. Detalhe para a primeira, de nome estranho, que sempre achei chata em estúdio, mas que é diversão garantida ao vivo.
Um sequimento de grandes canções fechou o set principal: I've Got a Feeling, Paperback Writer, A Day in the Life, Give Peace a Chance, Let it Be, Live and Let Die e Hey Jude.
Detalhes para a minha emoção em A Day in the Life, minha canção preferida dos Beatles, para Live and Let Die com fantásticos efeitos pirotécnicos e para Hey Jude, com o público cantando em uníssono o famoso e memorável "Na Na Na Na", enquanto o telão mostrava o pessoal da Pista Prime levantando papéis com as célebres sílabas! De chorar!
Paul McCartney voltaria ao palco duas vezes. A primeira com Day Tripper, Lady Madonna e Get Back. A segunda com Yesterday, Helter Skelter e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band para fechar.
Na segunda-feira, 23/5/2011, e sem atrasos, Sir Paul pisava novamente no palco do Engenhão para, o que parecia impossível, um público ainda mais quente que o de domingo.
O setlist foi praticamente o mesmo, trocando apenas Hello Goodbye por Magical Mistery Tour, Letting Go por Coming Up, Drive My Car por Go To Get You Into My Life, I've Just Seen a Face por I'm Looking Through You e Get Back por I Saw Her Standing There.
Os set lists completos podem ser conferidos aqui: domingo e segunda-feira.
Não posso dizer qual setlist foi o melhor, apesar de ter vibrado muito mais com Magical Mistery Tour, mas a diferença mesmo nos dois shows foi o público de segunda que realmente estava mais quente e a própria banda no palco, incluindo McCartney, que estava mais solta e emocionada. Meninas foram chamadas ao palco e, aos prantos, abraçavam e beijavam o carismático ídolo que a todo instante arranhava um britânico português.
Tirando a falta que algumas canções pós-Beatles, como My Love, Rock Show ou My Brave Face, fizeram, foram duas noites incríveis e inesquecíveis da qual agradeço Luciana, Neto e Priscilla, que no domingo me acompanharam e mostraram muito rock & roll no pé, e à minha mãe, que na segunda-feira, histérica, feliz e emocionada, não parava de dançar e agradecer ao "filho lindo e fofo" pelo melhor presente que ela poderia ganhar de dia das mães. Segura o ciúme aí, Diguinho!
Enfim, quem viu, viu!
Grande abraço a todos e "Na na na na na na na..."
Filipe.