Olá, pessoal!
Ontem à noite, o Rio de Janeiro recebeu mais uma vez os célebres mascarados do KISS. Desta vez na divulgação do novo álbum Monster.
Após abertura do Viper, banda que não consegui ver por estar comprando minha linda camisa e cerveja, pontualmente às 21h, as luzes se apagaram, a cortina com o logotipo da banda cobriu o palco e os famosos dizeres de abertura - "All right, KISS fans! You wanted the best, you got the best! The hottest band in the world... KISS" - já acendem o público de nove mil pessoas no HSBC Arena.
Sob efeito de fogos e explosões, a cortina cai e uma plataforma aterrisa com Gene Simmons, Paul Stanley e Tommy Thayer ao som da sensacional e clássica Detroit Rock City. Ao fundo, já esmurrando a bateria com energia, o competente Eric Singer.
Apesar das vozes do público em uníssono e da emoção de alguns fãs, o início do show foi frio, cumprindo protocolo, cheio dos velhos efeitos ensaiados de costume da banda. Era como um excelente filme, porém repetido.
A sensação de quase frieza permaneceu pelas músicas seguintes - Shout It Out Loud e Calling Dr. Love - até que Hell or Hallelujah, primeiro single do álbum que dá nome à turnê, mostrou um Paul Stanley mais solto. O bom e velho Starchild pulava e cantava como um garoto.
A sequência vem com Wall of Sound, outra boa canção de Monster, desta vez na voz altissonante e trovejante do Demon Gene Simmons.
Mestres do entretenimento e do rock and roll, ganhavam o público enquanto o público os ganhava. Gene Simmons e Paul Stanley como sempre carismáticos e irrepreensíveis. Ninguém no show business consegue fazer um espetáculo tão bem ensaiado parecer tão espontâneo, informal e selvagem.
E é de forma selvagem que Gene emenda sua voz no clássico Hotter Than Hell, com direito ao tradicional número do cuspidor de fogo. Gosto de Hotter Than Hell, mas foi impossível não pensar na excelente Firehouse no momento circense de Simmons. Fez falta.
Com a audiência solta e cantando a plenos pulmões, outro clássico levantou os cariocas: I Love It Loud.
Com talento, personalidade e presença, os novos integrantes, Tommy Thayer e Eric Singer, cada vez mais familiarizados com a banda, conseguiram o respeito e o carinho dos fãs. Inclusive dos saudosos de Ace Frehley e Peter Criss. E foi dessa forma que o guitarrista cantou a ótima Outta This World, uma de suas contribuições para Monster, e emendou num divertido solo em dueto com Eric Singer, sob uma série de pirotecnias. Grande momento.
Outro solo veio na continuidade, desta vez, do baixista Gene Simmons, com sua famosa introdução para o clássico God of Thunder. Esmurrando o baixo, cuspindo sangue e sendo alçado de forma ágil à uma plataforma no topo do palco, Gene Simmons, assim como o velho Alice Cooper, consegue se repetir sem enjoar. Incrível!
A faixa-título do álbum Psycho Circus, responsável em 1996 pela volta da formação original e das caras pintadas, foi um dos melhores momentos da noite, com Paul Stanley berrando o refrão junto ao ensandecido público e distribuindo caretas e palhetas a torto e a direito.
A execução de War Machine foi pra mim a grande surpresa da noite. Boa surpresa, por sinal.
Love Gun vem em seguida com o famoso voo de tirolesa de Stanley sobre o público, cantando ao fundo do ginásio num palco montado sobre a mesa de som. Outro número repetido que não cansa a galera!
Ao voltar na tirolesa para o palco principal, Paul Stanley faz um curto solo de guitarra, chamando o Rio de Janeiro a cantar com ele a introdução de Black Diamond. É a vez da voz de Eric Singer brilhar. Fim do setlist principal com uma de minhas canções preferidas do KISS.
Após breve intervalo, o grupo retorna ao palco para o Bis.
Com os clássicos Lick It Up, I Was Made For Lovin' You e Rock and Roll All Nite, esta última sob a famosa chuva de papéis, a banda encerraria após uma hora e meia, com gosto de quero mais, sua passagem pela Cidade Maravilhosa.
Enfim, mais um grande show da banda mais quente do mundo!
Grande abraço a todos, "party everyday".
Filipe.
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