domingo, 18 de agosto de 2013

The Winery Dogs

Olá, pessoal!

Em 2013, pintou mais um supergrupo na área: The Winery Dogs. 

Para quem não conhece o termo, supergrupo - ou superbanda - é a denominação dada a bandas formadas por músicos já consagrados. Grandes exemplos são o Cream de Eric Clapton na década de 1960, o Bad Company de Paul Rodgers na década de 1970, o Asia de John Wetton, Carl Palmer e Steve Howe na década de 1980 e, mais recentemente, Audioslave e Chickenfoot. O primeiro formado por uma fusão de ex-integantes do Rage Against The Machine com o vocal de Chris Cornell do Soundgarden. O segundo formado por Sammy Hagar e Michael Anthony do Van Halen, Chad Smith do Red Hot Chili Peppers e o guitar hero Joe Satriani.

The Winery Dogs é um supergrupo formado pelo vocalista e guitarrista Richie Kotzen, o baixista Billy Sheehan e o baterista Mike Portnoy.

Billy Sheehan - que sempre pareceu um menino com sonho de guitar hero, mas com um baixo nas mãos - aparece como um baixista mais maduro, empregando sua técnica apurada de forma mais concisa e coesa.

Com a voz a cada dia mais parecida com uma mistura de David Coverdale com Chris Cornell, Richie Kotzen faz um belo trabalho, tanto nos vocais quanto nas guitarras.

Mike Portnoy, mesmo com alguns compassos difíceis, consegue soar bem diferente do Porntoy brilhante e complexo do Dream Theater.

O álbum de estreia, autointitulado The Winery Dogs, lançado em julho pela Loud & Proud Records nos Estados Unidos, conta com treze faixas:

1. Elevate
2.Desire
3. We Are One
4. I'm No Angel
5. The Other Side
6. You Saved Me
7. Not Hopeless
8. One More Time
9. Damaged
10. Six Feet Deeper
11. Time Machine
12. The Dying
13. Regret 

O disco é coeso, técnico e, ao mesmo tempo, eclético. Fácil captar diferentes influências de diferentes praias.

Elevate, que abre o disco com peso e melodia, tem um ótimo e simples riff. O refrão fica na cabeça. No meio da música, uma fuga instrumental demonstra o poder de fogo dos três virtuoses.

Desire lembra o Deep Purple da fase Coverdale, com seu heavy rock com fortes influências de Funk e Blues. Boa música.

We Are One é outra boa canção. Cozinha cheia de groove, refrão bem escrito, fraseados difíceis com cara de Dream Theater.

I'm No Angel e You Saved Me e The Dying são dessas baladas rock fortes. Belos solos de Kotzen.

The Other Side e Six Feet Deeper têm compassos mais acelerados. Mais rock.

Not Hopeless tem cara de hit e um refrão meio soul pop com cara de Joss Stone.

One More Time é outra com groove, porém mais simples que as anteriores. O refrão é grudento.

Damaged e Regret lembram essas baladas pop dos anos 1980. Bonitas.

Criminal, não chega a ser ruim, mas é uma das mais fracas do disco. Dispensável.

Com algumas pequenas exceções, Winery Dogs estreou com o pé direito. O que não seria nenhuma surpresa, levando-se em conta a qualidade e história dos três músicos.

A nota triste fica por conta dos shows entre os dias 24 e 28 de julho pelo Brasil com pouquíssima divulgação. Fiquei sabendo do show no Rio de Janeiro no próprio dia, tardiamente, pelo perfil @MikePortnoy no Twitter.

Enfim, recomendo The Winery Dogs, a banda e o disco, fortemente.

Grande abraço a todos,

Filipe.