Olá, pessoal!
Pois é, mais uma vez a indústria fonográfica levou uma rasteira e, assim como tantos outros, o aguardado Rush Clockwork Angels vazou na internet a poucos dias de seu lançamento.
E é claro que este fanático pelo power-trio canadense, assim como em 2007 com Snakes & Arrows, não aguentou esperar o lançamento do álbum.
E assim como em 2007, estranhei o som à primeira audição.
Lembro bem que o pessoal do fã-clube estava muito empolgado com as canções de S&A e eu, no fundo, sentindo uma ponta de decepção com minha banda do coração. Algumas muitas vezes depois, ouvindo com atenção e deixando a música penetrar na alma, Snakes & Arrows se tornou um de meus álbuns favoritos. Simplesmente amo!
Imagino que será assim com Clockwork Angels. Ainda não o compreendi bem, mas tenho certeza que ele ainda terá muito a me oferecer. De qualquer forma, empolgado de cara.
Vamos então, como escrevi no título do texto, às minhas primeiras impressões:
O álbum abre com Caravan, canção que já havia sido lançada previamente, e que faz parte do já lançado Time Machine 2011 Live in Cleveland. Música forte com refrão interessante. Boa canção de abertura.
Segue com BU2B, que assim como a anterior, faz parte de Time Machine 2011 Live in Cleveland. Mais direta que a anterior, não chega a ser uma grande canção, mas também não chega a ser uma canção chata. Chama a atenção a forma pesada como as linhas de guitarra se apresentam.
Clockwork Angels, a faixa-título, vem em seguimento. Com a cozinha absolutamente torta e pesada e a melodia quase toda em tons altos, como nos bons tempos de progressivo, foi o motivo por eu ter me empolgado de cara com o disco. O monstro Neil Peart descendo o braço e virando tudo. Merece atenção redobrada.
O disco prossegue com The Anarchist. Novamente com Peart tocando pesado e com um ótimo riff de Lifeson, parece uma dessas canções hard rock que você ouviu não sabe onde. Chama a atenção a forma que Lee continua cantando. Geddy é realmente o excelente vinho que todos comentam.
O disco continua na linha hard rock com outro bom riff em Carnies. As linhas instrumentais são menos complexas e as melodias mais simples, lembrando alguns momentos do álbum Vapor Trails de 2002. A sonoridade de Clockwork Angels, aliás, lembra muito a de Vapor Trails.
Com um violão de doze cordas Lifeson dá a introdução à bela Halo Effect. Uma balada direta, forte e pesada. Tão pesada que pensei duas vezes antes de a classificar como balada.
Esperava de Seven Cities of Gold, tanto pelo nome quanto pela introdução, uma daquelas magistrais obras de rock progressivo. Se minha expectativa se frustrou, já que a canção caminha por outros rumos, posso dizer porém que é uma boa canção. Não chega a ser empolgante, mas é correta, como quase tudo que o Rush faz. Bom riff.
The Wreckers segue a trilha das canções mais simples de Snakes & Arrows, como The Larger Bowl ou Bravest Face. Instrumental menos complexo, melodia com pé no folk e refrão grudento. Tem cara de hit.
Headlong Flight, assim como as duas faixas de abertura, foi lançada previamente na internet. Não sei dizer se é a melhor canção do disco, mas é de cara a mais revigorante. Um deleite ver os três senhores tocando, e muito, com a energia de garotos! Aliás, percebe-se como nunca a influência dos novos talentos do heavy metal e hard rock na musicalidade dos dinossauros canadenses.
A bela, curta e orquestrada BU2B2 faz a ponte para Wish Them Well, outra que lembra também algo de S&A, porém desta vez as mais animadas com cara de hit como Good News First e We Hold On.
O encerramento fica por conta da belíssima The Garden. Violão, orquestração com sintetizadores, melodia sóbria e vocal inspirado fazem de The Garden uma daquelas baladas para fechar álbum com sabor de quero mais.
Enfim, essas foram apenas minhas primeiras impressões. Sei que ainda vou falar muito desta obra com lançamento previsto para 12 de junho. Ótima dica de presente para os namorados de bom gosto!
Grande abraço a todos e "In a world where I fell so small, I can't stop thinking big",
Filipe.